Etiqueta de registo: 00407cx a22001453 45
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830 ## $aNascido em Lisboa a 11 de Abril de 1910, Jorge Croner de Vasconcellos (JCV) contou músicos notáveis entre os antepassados. Começando solfejo com a mãe, JCV estudou depois piano com Alexandre Rey Colaço e composição com Luis de Freitas Branco, Francisco Lacerda e Eduardo Liborio, cursando contemporaneamente Historico-Filisóficas na Faculdade de Letras. Em 1934 recebeu da Junta de Educação Nacional bolsa para Paris, onde se manteve até o verão de 1937. Aí trabalhou harmonia, contraponto e história da música com Nadia Boulanger; composição primeiro com Paul Dukas, depois com Roger Ducasse; piano com Mme Giraud-Latarse; e interpretação com Alfred Cortot. Beneficiou ainda dos ensinamentos de Igor Stravinsky. Em 1938 foi nomeado professor interino de composição do Conservatório Nacional (Lisboa), lugar que desempenhou até à morte. A obra de JCV cobre praticamente todos os géneros de música de câmara e sinfónica, exceptuada a ópera. Tecnicamente, caracterizou-se pelo relevo conferido à dissonância, como elemento estrutural e colorístico. Serviu-se com liberdade e discrição dos idiomas correntes antes do fim da segunda guerra mundial - modalismo, escala de tons inteiros, politonalismo, formação de acordes por sobreposição de intervalos diferentes da terceira. Conservou da música tonal a ideia de centro tonal e de cadência, mas alargou aos doze sons o conceito de tonalidade, e praticou cadências a intervalos diferentes da 5.ª descendente ou 4.ª ascendente. Como Paul Hindemith, seu contemporâneo, procurou uma linguagem musical que superasse o cromatismo romântico herdado de Brahms e Wagner e o atonalismo da 2.ª escola de Viena. Porém, o instinto meridional afastou-o dos sistemas intelectuais estanques. Seu estilo exibe variedade e vitalidade dos ritmos, opulência da harmonia e, em geral, abstenção de grandes gestos retóricos, substituídos de preferência pela expressão concisa e o acento justo. Do ponto de vista do conteúdo, pode talvez sintetizar-se: um etos frequentemente melancólico; expressão directa da emoção; claridade e transparência da forma; gosto das meias tintas e dos contornos adoçados; capacidade de exprimir paixão, mas dificuldade na expressão da força; por vezes franco sentido humorístico. (...)"
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